Irmão Sol, Irmã Lua.

Oi pessoas, tudo bem com vocês?
Estou sumida daqui e faz um tempinho que não escrevo. Sinto falta, mas final de ano é aquela história que todos estão cansados de escutar, né?  Mas não só o culpando, culpo também a minha falta de ligação com o que me vem para postar. Estou com muitos posts rascunhados, porém, o tempo e inspiração para terminá-los não andam em comum acordo. 

Hoje vim me arriscar em um post nem um pouco fácil. 
Este final de semana me veio a inspiração do título dele, mas tentar falar um pouco sobre este é difícil demais. 




Eis os responsáveis da dificuldade de se falar: Clara e Francisco.
Amigos, inspiração. Isso que eles se tornaram. Não bem propriamente por mim, mas por eles. Escolha própria de Deus.
Eles vêm se fazendo tão presente na minha vida de modo que nem sei descrever muito bem. 

Quando eu soube da patrocinidade de Clara para comigo, uma parte curta do quebra-cabeça "mistério" foi encaixada. 
Acontece que um elo tão de repente criado, foi se tornando tão inquebrantado, tão forte, que simplesmente não se dava para entender. E ainda não se dá muito bem. Porém aos poucos, vamos pelo menos desvendando o porquê, e como podemos tornar tão simples e tão transparentes um para com o outro, mesmo sem saber ou perceber.


Uma ligação tão que não se sabe como ou porquê, louca demais. Como ele diria "uma coisa sem explicação",  (risos).  
 Eu conheci o Igor na Jornada Mundial da Juventude, na qual nos esbarramos apenas algumas vezes mesmo ele sendo, ou tendo que ser, ainda não descobri, meu 'coordenador', fazendo parte do COL -Comissão Organizador Local, que organizava a jornada. 


Depois, entramos em contato e construímos uma amizade. 
Amizade que para mim iniciou-se receosa. Baseava-se praticamente em discussões por ele nunca assumir que me amava. Até que eu pude perceber que meus conceitos estavam tortos demais. 

Deus foi o usando (e o usa) em minha vida de um modo inexplicável, para atingir onde eu não sabia nem que poderia haver algo, imagine o quê, e me aproximar mais dEle. 
Mesmo que ele nem diga nada, pelo ser, presença e pelo seu estado ali, aqui, comigo, eu posso perceber o que antes não via. Foi um anjo, é um anjo. Que passou a fazer toda a diferença para mim. E eu tenho a absoluta certeza de que foi Deus que nos colocou um no caminho do outro. Óbvio, com o empurrão de Clara e Francisco. 


Não sei porque ele, ou talvez até saiba pelos dois que falam por nós. Quando falamos ninguém entende, e eu acho que nem poderiam entender mesmo vista que nem nós entendemos! Além disso, nem há como se entender o que não se tem como explicar. 
Então, nos resta viver, sentir. A ligação vai mais que qualquer coisa que poderia impedir. Não ligação de estar o tempo todo conectado, em contato pessoal ou mesmo virtual, mas os elos invisíveis que são muito mais forte que tudo isso. Coração. União muito mais forte que qualquer junção. Porque quando há junção, pode ate ser que se esteja perto, junto, mas quando há união, por mais longe que possa estar, não há distância alguma. É uma conexão maior que permite saber estado, humor, vontade, mesmo não vendo, nem ouvindo a voz. Faz haver preocupação, cuidado, cumplicidade. 

Nasceu um amor puro e sincero, verdadeiro demais. 
Um carinho sem igual. Desinteressado, que faz bem. Muito bem! O que nos faz novamente retornar aos cúmplices disso junto à Deus.
Fez-se comum falar da amizade entre Clara e Francisco em termos de amor humano, porém, era um enamoramento sublimado à divindade. Algo lindo demais!


Este "enamoramento" virou uma série, "Irmão Sol, Irmã Lua", onde a autora soube evitar esta alusão ao romântico, sem tirar nada da beleza também humana de um encontro assim.

Quando entre um homem e uma mulher há união em Deus, se é autêntica, exclui toda atração de tipo erótico, sem que exista qualquer luta. É um outro tipo de relação. 
Em lugar de olhar um ao outro, eles olharam na mesma direção.
Dois olhares que contemplaram o mesmo Deus, o mesmo Senhor Jesus, o mesmo Crucificado, a mesma Eucaristia. E nessa direção, com ângulos diferentes, com sensibilidades diferentes, permitiram envolvê-los com o olhar. E assim, juntos, perceberam mais do que teriam feito dois Franciscos e duas Claras. 


Eu agradeço, primeiramente a Deus, e depois a Clara e Francisco por esse presente que juntos me deram. 
Mesmo que não se entenda, é tão bom, como o que apenas pode vir de Deus. E sei que não é a toa. E Ele sabe o porquê. 

Às vezes é necessário parar um pouco no caminho.
Analisar o modo que estamos e onde nos encontramos, pois a correria as vezes nos impede de ver as coisas de um novo jeito, como realmente devemos ver, voltando os olhos para a direção correta, para o alto, para Deus. E quando encontramos, em Deus, quem nos auxilia à isso, estes nos acompanham no dia a dia, a cada dia. E eis a preciosidade: fazer a diferença na vida de quem se ama! Assim como Francisco também fez na de Clara, que quis imitar seus passos: seguir a Cristo. Muitos dos nossos estão ao nosso lado, e não vemos o que necessitam, e assim, como podemos ajudá-los à enxergar o que nem eles enxergam? Assim como aconteceu comigo.                        #FicaDica


Espero que a partilha sobre nossos amigos possam fazer alguma diferença na vida de vocês também, e que o amor tenha um novo sentido e significado, como teve para mim quando descobrir por eles, o que era de fato amar. Santa Clara e São Francisco de Assis roguem por nós. 

Beijo grande,
Lari Cesário. 

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