Um Passeio com a Virgem


Galerinha, tudo na paz?
O ano é dEla, o mês é dEla, então, eu não vou me cansar de falar dela, amém?

Nossa Senhora me pegou pelas mãos e levou-me nessa Romaria Diocesana para um verdadeiro passeio com ela. 
Passeio pela sua história, quanto em minha história também!


Bom... 
eu sempre soube da importância de Nossa Senhora! Sempre fui católica, meu avô paterno sempre foi muito devoto de Nossa Senhora de Fátima, nasci em berço que ama a mãe de Deus e que me ensinou a respeitá-la, pedir sua intercessão e etc.. Porém, eu fazia por fazer. Igreja, família, fé, decisão, não por sentimento, até que um certo dia, tive meu encontro pessoal com ela, na imagem de Nossa Senhora das Graças em um encontro chamado DEC - Deus Está Conosco! 

Não houve nada de grandioso. Foi tudo bem simples.. assim como Ela! 
Durante o momento mariano deste encontro, a imagem de Nossa Senhora percorria uma quadra de futebol e ora parou em minha frente. Eu olhei para ela e pedia para amá-la da maneira que Jesus gostaria, porquê eu sabia que não foi a toa que Ele me deu do alto da cruz. Eu não vi o olho da imagem, eu via olhos castanhos de uma pessoa, cheia de lágrima me fitando e me amando. Pronto, derreti! 



Depois disso, em uma formação da RCC pediram para ir aos seus pés e nos entregar. Eu fiquei parada esperando as pessoas irem e tive uma visualização: Maria, toda de branco, dando as mãos a Jesus, passava pelo corredor em direção de onde estava a imagem e todos ajoelhados, e levantava as mãos sobre cada um e mostrava a Jesus. Eu nunca tinha tido uma. 

Era como se Ela estivesse falando para Ele o que cada um ali estava precisando. E Ele, lindamente, sorria e balaçava a cabeça que sim, recolhendo cada súplica que a mãe o fazia para aqueles. 
Quando chegou minha vez, ao me aproximar da imagem, senti uma quentura, e ao estender as minhas mãos para tocar eu senti como se alguém me desse a mão! Nunca mais esqueci disso.



Mesmo assim, minha intimidade com a Virgem Maria não durou muito.
Rezava o terço, mas parecia ser involuntário, nada profundo. Quando perdi meu primo, com meus 13 anos, eu ia para a casa da minha madrinha e dormia no quarto dele, e muito triste, sentia a presença da mãe, que eu pedia para cuidar dele. 

Um dia me apresentaram um tratado! Eu estava quase completando 15 anos, em 2009. Eu adorei, mas não estava na minha hora mesmo! Disse que ainda precisava crescer meu amor por Nossa Senhora para isso e estar preparada para suportar tudo o que a decisão de se consagrar a Virgem exige rs



Tempos depois, eu estava passando por um deserto muito grande, morando sozinha em uma cidade desconhecida, e uma pessoa muito querida com a qual eu tive a graça de morar me mandou uma mensagem no facebook. 

Ela fazia arquitetura, sempre desenhou muito bem e me disse assim: "Lari, eu estava riscando uma folha, sem nada em mente, saiu isso aqui, me veio você na cabeça e deu vontade de te enviar"



Eu estava muuuuito tempo sem falar com a Camilla.
Eu só respondi: eu entendi o recado, obrigada. Ela disse, ahh que bom, porquê não entendi nada, nunca aconteceu isso. 

Quando eu resolvi me consagrar (6 anos depois) eu não sabia a que Nossa Senhora me consagraria. 
O Igor queria Nossa Senhora Aparecida, só que eu não tinha nenhuma devoção por esse título da Santíssima Virgem. Eu queria Nossa Senhora da Conceição (porquê era o dia que seria minha consagração), ou então, Graças (meu encontro pessoal), ou até mesmo Fatinha (a mais bela mulher e a qual eu sempre tive um imenso apreço). 



Porém, como todos os escravos da senzala de amor sabem... não somos nós quem escolhemos, é Ela!
Eu até hoje não sei porque Ela primeiramente me escolheu, nem o porquê quis a mim, mas, há coisas de mãe, que acredito que nem após ser mãe saberemos. Ainda mais dessa mãe. 

Meu afilhado, um mês antes de minha consagração me disse, "dinda, eu já te contei porquê te convidei para ser minha madrinha de Crisma?", nós não estávamos falando disso, tampouco tocamos no assunto... foi do nada real! 
Respondi, "não meu filho, porquê?", e ele me disse que estava em dúvidas e pediu a Deus para o ajudar a discernir e sonhou comigo dormindo e sendo coberta por Nossa Senhora Aparecida. No mesmo instante me veio a mente esse desenho da Camilla, que fui procurar em nossas conversas do facebook e decidi a quem tinha que me consagrar.



No dia seguinte que eu comprei a medalha de Nossa Senhora Aparecida, me ligaram da loja dizendo que finalmente (depois de 2 meses) haviam encontrado a medalha de Nossa Senhora da Conceição, se eu ainda queria. Eu disse, "não, obrigada, é a conceição Aparecida a quem pertenço".

Consagrei-me e depois de um ano não renovei.
Fui me afastando novamente da Mãe. E então veio esse Ano dedicado a Ela... Ano Mariano! 100 anos da minha linda de Fátima e 300 da padroeira e rainha do Brasil! Nossa Senhora de Fátima, todo amor, ainda foi dia da ordenação sacerdotal do meu irmão, foi lindo demais! E a Senhora Aparecida?


Eu tive a oportunidade de ir nesse ano Mariano em janeiro lá para os 50 anos da RCC (foto). Porém eu não estava muito bem de saúde. E só mesmo agora em Setembro, na Romaria Diocesana que "pedindo a Mãe, o Filho atendeu". Um dia antes de chegarmos em Aparecida eu a pedi para que pudesse despertar o amor que havia perdido. Que pudéssemos retornar ao primeiro amor e ao re-encontro. E Ela, mais que depressa, me tomou pelas mãos e passeamos por toda a história. Dela e nossa! Fazendo com o que, eu a amasse e encontrasse na Aparição que Ela escolheu, o grande apreço de verdade e devoção que merece, como nunca tive. Entendi o porquê de Aparecida! Logo a imagem que mais seria óbvia. 

E quando vi esse lugar, retornei ao nosso início:



Novamente me vi lá atrás e como sempre, para a mãe que o filho nunca cresce, deitei e fui coberta por seu manto! Senti todo teu amor, fui mimada, presenteada, rodeada de afeto, e toda, novamente, de Maria Santíssima!

Passeando por sua história, junto à Ela, pude encontrar novamente com seu amor. Passeei também pela minha história de amor com Ela. E foi tão especial. E trouxe uma gratidão tão grande! Tanto a Ela quanto ao meu irmão, que amando-a transmitiu e permitiu-me amá-la tanto, mesmo longe. Ter experiências diárias com o cuidado dEla na vida dele que também fui trazendo para a minha, e a conclusão: eu sou da Imaculada! 




Acaso não sabeis? 
Beijo grande! 

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