A Ovelha sou Eu


Oii gente (:
Tudo bem com vocês? Eu estou com uma publicação escrita desde que voltei da Romaria Diocesana, em Setembro, e até hoje não postei, porém, hoje, eu preciso fazer isso! E essa publicação é sobre esse moço da foto! 

Sabe aquele padre que conhece a ovelha ? Que em meio a tantas outras e em meio a tantos compromissos  se volta e vem de onde estiver para encontrá-la se preciso for ? Que sempre sabe a hora certa de chegar ? Que tem refúgio, que tem proteção? Que você escuta essa música e só vem ele na cabeça?



Há 14 anos atrás foi plantada uma sementinha pequenininha e super tímida em meu coração. Essa semente foi cultivada com amor e entregue pra Deus. Os anos foram passando e os caminhos foram se modificando. Vez ou outra havia o reencontro que o Pai organizava quando necessário e, depois retornávamos ao trajeto. 

Ele sempre me deu pessoas e lições. Hoje, mais perto, sua presença me trás novos irmãos, que com a sua paternidade espiritual conquista. Esse homem sempre me fala sobre felicidade e me ensina que ser feliz é estar onde devemos, no tempo certo e com quem nos acrescenta, que feliz é quem realiza a vocação, e me mostra com a vida que a "nossa vocação é o amor", é amar! 
Que nada adianta se não for com amor! E me fez refletir que se todo ser humano entendesse de que amor se trata e só amasse, seria assim como Jesus, e cumpriria sua missão. 

Certa vez, em uma data importante onde eu, atolada de coisas para fazer, não consegui parar para escrever algo bonitinho para o padre Alexandre, ele me disse que não precisava, mesmo a ocasião pedindo, porque ele conseguia ler o meu coração. Essas coisas assim de pastor que conhece a ovelha e "gasta tempo" para entender o que ela trás por dentro. Que só em olhar sabe o que tem no seu interior, por mais que se tente esconder ou disfarçar, sabe?
E eu me recordei disso que ele me falou nesse momento específico: 


Eu acho que quando o Evangelho diz que João deitava no peito de Jesus era mais ou menos assim, sabe? Ali tinha abrigo, ali tinha proteção, carinho, tinha amor.. 
Acredito que, com certeza, no momento em que João fez isso na Santa Ceia não foi a primeira vez. Deveria ser algo comum entre ele e Jesus. E eu me recordei deles nesse instante.
João era o discípulo amado não porque Jesus tinha um preferido. Jesus amava a todos da mesma forma, como ainda hoje ama. João era o discípulo amado porquê ele amava muito Jesus. E assim, podia sentir desse amor recíproco, e tinha convicção disso. 
A vida anda tão corrida que é raro a gente encontrar quem consiga ler o coração. Mas que bom que ainda há quem tenha esse dom. E só mesmo aquele bom pastor que é capaz de tal feito. 


Hoje me deu vontade de postar para ele porquê me veio um imenso sentimento de gratidão. 
Estamos em meio ao Cerco de Jericó aqui na minha paróquia e, ele não deve se recordar, enquanto seminarista ainda, ele levou a minha turma de coroinhas para diante do Sacrário na minha paróquia para rezarmos o santo terço. Toda vez que eu rezo o terço em comunidade eu lembro disso, porquê foi a primeira e última vez que me disseram em qual mistério ajoelhar e quando ficar de pé. Ele nos enfileirou e cada um rezava uma ave maria, e quando chegava no final começava de novo. Eu tinha oito anos, e foi ele. E eu me recordo exatamente do momento. Assim como na Santa Missa, em que me ensinou cada parte e tantas outras coisas. 



Foi quem me ensinou a usar o turíbulo, foi quem me contou histórias com desenhos (horríveis, mas o que vale é a intenção risos)estava presente nos momentos mais importantes, e sempre amou, e ama, e acolhe, até hoje. E as vezes, me faz sentir de novo criança, nos cuidados de um Deus de amor incomparável que se faz presente no homem que se decide viver o que Ele propõe e deixa tudo para isso. E que se torna a própria pessoa de Jesus, quando no altar clama novamente as palavras para que Ele venha e, simplesmente nos dá. 


A presença do sacerdote sempre me edifica, a vida e exemplo desse sacerdote me inspira e me trás um encontro com Deus e uma profunda gratidão. É um presente valioso  tê-lo na minha vida há 14 anos, acrescentando-me, auxiliando em meu crescimento, ensinando, ajudando a ser melhor, me acompanhado, guiando, se preocupando, gastando tempo, enxergando e desejando que eu alcance a verdadeira felicidade e a santidade. 

Muitas vezes eu ligo para ele de um número diferente, digo oi e ele já fala meu nome, e quando pergunto como ele sabe logo diz: "acha que é só a ovelha que conhece a voz do pastor? O pastor também conhece da ovelha, estamos sempre juntos, pastor e ovelha.." e como é bom saber que estamos sempre juntos e que apesar da distância (que agora graças a Deus diminuiu) o Santo Sacrifício do Altar nos une, e sempre que é preciso, estais aqui. E que sempre sabes quando é preciso.


Como Deus faz maravilhas usando homens abertos, e como é bom perceber, ver, notar, sentir e presenciar essas maravilhas. 
O pastor dá a vida pelas ovelhas, ele pega no colo, cuida das feridas e depois deixa-as caminhar. Por vezes gritamos e eles não atendem, mas é porque ainda não chegou a hora e precisamos também aprender. Mas estão sempre velando. Um bom pastor sabe a hora, tem o cheiro da ovelha e também deixa o seu cheiro nela. Quando a voz chega aos ouvidos, emociona o coração, pacifica, conforta. Quando falta a voz a ovelha as vezes se perde, não sabe o que fazer. Mas quando novamente a voz ressoa, faz tudo voltar ao lugar porquê se sabe que há segurança e tudo vai passar.

A voz do bom pastor faz a ovelha entender que é para ela sim que ele fala, e que ela não é mais uma na multidão. É assim com Jesus, Ele só usa de pessoas. 
O mais engraçado e lindo é saber que não só eu, mas qualquer pessoa que escreva, conviva ou conheça o padre Alexandre, pensa, sente e tem o mesmo sentimento para com ele. Não é o padre, é Jesus! 


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