Oi, Doida

Oiiê,
vai uma fotinha bonitinha, bem natureza zem pelo menos para aliviar a capa de post polêmico (e necessário!) para me aliviar um cadinho rs já que as vezes não adianta nem gritar com quem não quer nos ouvir ou gastar energia para se fazer ouvida por quem já tapou os ouvidos e sincronizou o seu desejo em si próprio!


Ehrr, 
parece que o blogger está se tornando minha terapeuta. Só me trazem aqui dois casos extremos, ou quando eu tô muito radiante, ou muito na merda ! (se fosse sessão mesmo de terapia meu salário iria ficar todo aqui esse mês, em ?! ) Ainda mais esse mês, que parece que nunca tem fim, risos.

Mas é complexa a situação! Complicado a pessoa estar doente e, ao invés de receber cuidado e apoio, recebe ainda a necessidade de se desgastar mais. Sabe aquelas situações que parecem escolher o pior momento pra vir a tona? Pois é! Mesmo sendo bem desnecessário e tendo outras formas de se 'achegar', parece ser mais prazeroso se fazer dessa forma. Mas eu nem vou me estender muito, porquê senão sou vítima! Fica aqui entre a gente, tá? rs 

Vou trazer uma foto que vi hoje no insta de um amigo, e até compartilhei no status do whatsapp para iniciar o meu raciocínio. 


É isso!
E ainda piora mais a situação quando as vidas (pessoal e do outro) são totalmente distintas na aplicação e vivencia do que se fala, quantidade de tempos e em tudo mais.
Vamos lá... 

Eu queria saber, de fato, por onde começar, porquê quando se trata de injustiças sociais e assuntos óbvios que tentam contorcer para se sentirem melhor com a própria opinião bosta, colocando o outro na posição que você mesmo ocupada, eu acho tão baixo e definitivamente, não sei lidar. Parece que a garganta dá um nó (e olha que a minha já está bem fechada esses dias com essa infecção que me pegou!) e o sangue ferve subindo pelo corpo que faz você até perder a razão com a alteração. Mas não tem como!!! E é incrível como que a gente acha que essas coisas estão bem distantes de nós ou que não passaremos por tal. Mas vem bem disfarçado, a gente mal consegue ver em alguns momentos, e quando abre os olhos percebe o quanto isso foi tão óbvio e se sente até trouxa rs, e eu só tenho uma coisa a dizer e se faz extremamente necessário e preciso: 


Nós estamos inseridos em uma sociedade que, por mais que a luta seja grande e os assuntos cada vez mais presente e alarmado, ainda há machismos disfarçados e relações que destroem o nosso psicológico e sensatez, e faz a gente começar a duvidar até do que é certo, errado, da sanidade e se questionar se de fato somos malucas. Por isso, eu peço e repito, que não podemos nos acovardar de, em cada momento, ver a realidade que se vive. 

Por vezes temos medo de analisá-la, eu até falei sobre isso aqui (acredito que valha a leitura), pode ser que a reflexão e a abertura de olhos não mostre o que de fato queremos ver, ou imaginávamos encontrar, muitas vezes somos surpreendidos com o que encontramos dentro de nós mesmos e até com nossas ações, atitudes, frente as situações que nos é apresentada. A gente se surpreende com a forma com a qual nos deixamos levar, influenciar e até ser conduzida por sentimentos e motivos que acreditamos ser bons e isso vai sufocando a gente, vai anulando, vai apagando.

Eu, sinceramente, não acredito ser caso pensado ou por mal que se acontece. 
Eu estou de cama ha alguns dias e, como estou 'sozinha' passando pela enfermidade dessa vez, sem pessoas procurando, mandando mensagens, dando atenção, e a galera que mora comigo trabalhando, eu tive muito tempo comigo mesma para rever e reavaliar, com coragem, a minha realidade. Eu me recordei de algumas frases, que nem chegavam ser de amigos, mas conhecidos, e 'voltei' a momentos e situações que me machucaram em um dado momento, e que não foram resolvidos e nem sarados, apenas deixados para trás e passados por cima, porquê o que eu estava vivendo tinha maior importância sobre aquilo que sentia no momento, porquê eu queria viver o que eu estava vivendo, e juro para vocês, que muitas vezes me perguntei quem era a que estava ali, pois não era comum de mim. Anota a dica: as atitudes valem mais que palavras, o que você sente deve te conduzir, sua verdade precisa ser valorizada! (vou compartilhar posts com essas frases aqui quando eu tiver saco, ou necessidade de escrever novamente rs). 


Eu perdi a conta de quantas vezes, nas últimas semanas, eu ouvi que era maluca.
Eu li que estava fazendo errado, e fui colocada em um lado que eu tenho plena convicção de que não me pertence. Eu cheguei a conclusão de que não adianta... há 'amores' que dizem sentir que nunca será suficiente maior do que o ego, do que o reconhecimento e, principalmente, maior que a vontade de se estar certo e se provar isso. Sim, porquê a prova a maioria das vezes não são para outras pessoas e sim para si próprio. A maioria das vezes não se tem nada a ganhar (só a perder), mas a vontade e o orgulho são maiores do que qualquer sentimento que se é capaz de sentir. E esse orgulho e esse ego, não permitirá com que se coloque no lugar do outro, que haja com empatia, que se enxergue a verdade do outro e, principalmente, se reconheça o que causou no outro.

Para mim isso é uma forma estranha de amar.
Eu não consigo ver sentido em se ter dois pesos e duas medidas com quem se diz gostar. Eu não consigo assimilar como que uma mesma situação pode ser abominável se feita por uma parte, e completamente aceitável se é de outra. Eu não consigo enxergar sentido em quem ama usar palavras de ofensas, rebaixamento, fazer o outro se sentir inferior, deixar de lado, não procurar ajudar a encontrar a saída, deixar de lado, não entender, não saber ouvir, fugir de conversas, não assumir o que fez ou disse, e ainda querer culpar o outro! Defender-se atacando nunca foi uma defesa, é covardia. Tudo o que se faz é aceitável desde que seja você a fazer, o outro, é (imaginem inúmeras palavras que possam ser colocadas aqui rs).  Acho que a forma com a qual eu fui apresentada ao amor pelo próprio Amor que me recorda diariamente do que é merecido não me deixa achar isso comum, isso normal... um amor de cuidados, de diálogos, de resoluções, de mãos dadas, de mesmo propósitos. Onde se um perde, ambos perdem, se um ganha, os dois ganham...


Como achar normal um 'amor' que se você apresenta o que sente é louca, se você reclamar é escândalo, você quer fazer show  e quer arrumar motivos para brigar? Que se você tenta mostrar algo é querer provocar incêndio, porque quer brigar e gosta de brigar, ou quer se sentir melhor (?) melhor não sei de que, mas ok. Um amor que prefere machucar que sarar, que prefere sair, se afastar, bloquear, do que conversar, mostrar, explicar... um amor que pensa ser tudo falsidade, ou que quer condicionar todas as ações em outras ações ou formas ou jeitos, ou motivos... Onde nunca é o que se tem a intenção que seja, onde há desconfiança, onde há desinteresse, onde não há mais busca pelo outro, onde não há mais vontade ou garra para se fazer acontecer.. essa condição, ao meu ver, não é amor nunca. 

Amor cuida, amor protege, amor não cansa, amor trás verdade, se enxerga o outro, corre, vai além pelo outro, além até de onde você acreditaria ir. Tenta compreender, não atacar, diz o vamos e não o vai, diz senta aqui, e não pense o que quiser. Existe cuidado diário e não o tanto faz. Faz sentir vontade diária, dá energia, alegria, prazer, gosto, em demonstrar, em encontrar, em buscar, em trazer... e isso não é sacrifício. Quando se torna chato, quando se torna obrigação, quando deixa de importar como o outro está ou o que poderia sentir, ou pensar, deixa de ser amor, porquê o amor não mede esforços e nem se acomoda.  

No amor não existe eu posso, você não!
Não há diferença. E essas não existências e existências do amor é natural, não obrigatório. É por querer, e não por cobrança. É livre! Quando deixa de ser, não há amor, porque o amor se dá apenas por si próprio. As vezes as palavras usadas, não são cobranças e apenas reflexos da consciência da mudança no que faz foi amor..


E o que dizer sobre as atitudes machistas disfarçadas, que muitas vezes nem são vistas ou queridas ou assumidas? 

Eles podem... 
Se reclamam e se incomodam é porque gostam
A gente não pode... 
Se reclamamos somos malucas, inventamos casos, 
precisamos ser compreensivas, não entendemos o lado dos coitados, 
queremos arrumar confusões, temos que ser deixadas de lado 
com nossa 'crise' porquê só queremos procurar brigas, ligamos para 
coisas pequenas, e não importamos com as coisas 'grandes'


E eu faço várias análises nisso tudo...
Porque o básico se torna grande quando é do outro lado? 
Porque o mínimo passou a ser muito?

E sabe qual o pior? A gente cai...
Chegamos a pensar em mudar os planos (isso quando não chegamos a mudar!), achamos por vezes até bonitinho e até conseguimos enxergar "amor" nisso tudo! E só a gente, sempre a gente, releva, e deixa, e vai... e passa... mas não, não passa! Enquanto não se resolve, enquanto se finge que nada aconteceu, enquanto deixa para lá ou passa por cima sem resolver, não passa!


Eu estou doente, exausta, cheia de remédios, nada bem para demonstrar ou discutir nada sabe... sem forças para debater ou tentar mostrar, fazer entendível. Decidi esperar a vida mesmo fazer isso, um dia se aprende (ou não!) e se permanece arrastado pelo hoje. 
Se quer chamar de maluca, chama, se quer falar que sou doida, que fale, eu estou num estágio que estou concordando com tudo, porém, sabendo muito bem o que acolher ou não, sabendo o que de fato sou, tudo o que eu fiz, e todas as tentativas em vãs.

Há momentos, que nossa paz e nossas energias se tornam mais necessárias, do que qualquer mudança de opinião já formada na cabeça de quem aceita o que cria e torna aquilo verdade para ser mais fácil o processo. Que não piremos, que não vistamos aquilo que nos dão para vestir e que saibamos o que de fato somos, merecemos, e onde estamos. Precisamos ser nossas convicções, para que não seja qualquer um a derrubar aquilo que demorou tanto a construir. 


Obs.: não disse que seria fácil,
um beijo.

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